Arcade Fire – Funeral (2004)

Author: Barba Negra / Marcadores:


Diário de Bordo, sem noção de tempo...
O sol está comendo meu cérebro. Cozinhando-o para o deleite dos pássaros famintos que sobrevoam minha minúscula embarcação, tão minúscula que me sinto sufocada...aqueles mais íntimos sabem da minha estatura e devem estar horrorizados com o tamanho do que posso chamar de minha terra.
Meu navio foi tomado há dois dias e devo agradecer aos honrosos espíritos de meus antepassados por minha sorte: deram-me o direito de escolher entre servir de escrava sob os ‘doces’ cuidados da nova tripulação ou navegar sem rumo nesse ‘pedaço de pau’ com apenas uma melancia e um pouco de esperança de que vou sobreviver à tentação de não golpear meu peito com o punhal enferrujado que os imundos navegantes me deram de presente. É nessas horas que fecho meus olhos e ecoa aos meus ouvidos uma canção que Henry Morgan disse ter escutado de sereias cantando sobre um futuro motim em seu navio, enquanto viajava por mares desconhecidos:
“Toda vez que você fecha os olhos: MENTIRAS, MENTIRAS!”.
Quando tiveram conhecimento da invasão do navio, os inúteis que se denominam piratas valentes, começaram a implorar por suas miseráveis vidas. Receberam ordens contra mim e aqui estou...
Cães sarnentos! Que suas almas podres sejam levadas pelo Caronte às profundezas para que nunca mais voltem.
Well...mundo cruel esse, não? Talvez alguém encontre esse diário agarrado aos meus restos, quando passar pela praia...esperem...o que é aquilo??? PELO FANTASMA DE MARY READ, ESTOU SALVAAAA!

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E é nesse clima de uma quase morte que eu começo meu post de hoje. Vou falar um pouco sobre a banda para apresentá-los. O conhecimento mais profundo sobre o que é The Arcade Fire (ou Arcade Fire) só dá pra ter quando se escuta suas músicas.
Funeral é primeiro disco da banda indie canadense que começou com apenas dois integrantes, o casal Win Butler e Régine Chassagne, que mais tarde se juntou a Richard Reed Parry, William Butler, Jeremy Gara, Howard Bilerman (deixou a banda logo após o lançamento do primeiro disco),Tim Kingsbury e Sarah Neufeld para dar origem ao AF que conhecemos hoje. O álbum recebeu esse nome devido ao clima sombrio que pairava sobre o grupo durante as gravações do referido álbum, pois muitos de seus familiares morreram nesse período. Uma das marcas da banda é a utilização de variados instrumentos que vão desde guitarra à harpa.
AF é uma das várias bandas que acabou se popularizando por causa da internet (graças a Deus!). Tal popularização rendeu até abertura de show do U2 durante a turnê Vertigo (2005-2007) no Canadá. Não ouvi ainda o disco mais recente deles, Neon Bible, lançado em março de 2007, mas não duvido que seja tão bom quanto esse.

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Músicas do Álbum:
1. "Neighborhood #1 (Tunnels)" - 4:48
2. "Neighborhood #2 (Laïka)" - 3:32
3. "Une année sans lumière" - 3:40
4. "Neighborhood #3 (Power Out)" - 5:12
5. "Neighborhood #4 (7 Kettles)" - 4:49
6. "Crown of Love" - 4:42
7. "Wake Up" - 5:35
8. "Haiti" - 4:07
9. "Rebellion (Lies)" - 5:10

10. "In the Backseat" - 6:20



Bem, essas em destaque são as que recomendo. Rebellion é a mais famosa e minha favorita. Mas, se você está planejando se matar, ou não, recomendo ouvir o álbum todo...e boa morte!



Olhe os comentários! (POSTADO EM 02/09/09)
>>Trinity

2 Pilhagens:

'olga disse...

Grande Tig!
lembrem-se sempre, companheiros.
Dormir é se entregar!

Barba Negra disse...

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